Pornô também é cultura. Sim! Cada país tem sua maneira de filmá-lo. Os Estados Unidos dominam. E esse domínio é o que faz o dos outros países serem tão interessantes.
Não sei por onde começar. Esse mundo é muito vasto. Vasto e marginalizado. Um espectador que não se interessa pode ver tudo como uma produção sem fim de cenas de sexo. Quero desmistificar isso. Quero mostrar que existem produções boas e ruins, mostrar que uma atuação marcante pode habitar a minha mente por anos e que certas atrizes são como amantes. Amantes não no sentido de traição e sim fontes de prazer.
Vi as primeiras cenas de penetração e sexo oral nas madrugadas da TV manchete. Como achei estranho aquilo no começo. Nunca senti nojo, fiquei admirado de existir a possibilidade do sexo oral para a mulher. Algo que parecia totalmente sem sentido se justificava imediatamente com os gemidos de prazer. Vi que o homem pode deixar uma mulher louca sem penetrá-la. Todas essas cenas eram de filmes americanos legendados. A TV manchete pegava muito mal na minha casa. Lutava contra os chuviscos para ver alguma cena com qualidade.
Vou falar hoje sobre o pornô brasileiro. Não me lembro qual o primeiro brasileiro que vi. Não achava tão legal. As atrizes eram até bonitas porém não se comparavam com as deusas da Europa e Estados Unidos. Eu ainda estava na fase de adoração pela formosura estética.
O pornô brasileiro tem um grande diferencial. A língua. Não aquela que desliza sobre o corpo para o prazer. Estou falando da língua portuguesa. Entender o que diz uma mulher que está sendo fodida é fantástico. É o mais próximo da realidade possível. Nunca transei com uma gringa para escutar um “oh my god”. Talvez quando isso acontecer, o pornô estrangeiro chegue nesse patamar de qualidade.
A rainha dos vocábulos é Bruna Ferraz. Com sua voz infantilizada, Bruna é capaz de deixar qualquer homem maluco. A entrada de Bruna Ferraz para o pornô foi muito aguardada por mim. A protagonista do teste de fidelidade do Joâo Kleber da rede TV num pornô! Como ela superou minhas expectativas. Em breve comentarei seu filme de estréia (A Garota da Web-Sex). A voluptuosidade de Bruna contrasta com sua voz. Nela, tudo é muito grande. Bunda, peito, coxa, quadril! Junto com tudo isso, curte muito sexo anal. Grande delícia Bruna Ferraz.
Se fosse Renato Russo, diria que sexo verbal faz meu estilo. Os diálogos são o ponto forte do nosso pornô. Nesse momento nem quero falar das falhas que esses filmes trazem. Quero ouvir o que nossas atrizes têm pra dizer.
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